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O YouTube tornará acessível aos deficientes auditivos mais de 10 milhões de vídeos. A empresa, que foi comprada pelo Google em 2006, vai inserir legendas automáticas em parte do material publicado no site multimídia.
O sistema usará a tecnologia do reconhecimento da fala, provavelmente o maior experimento no segmento realizado até o momento. A adaptação acontecerá, primeiramente, em uma pequena base de vídeos publicados no YouTube.
"A principal parte do DNA do YouTube é o acesso aos seus conteúdos", explicou Hunter Walk, diretor de gestão de produtos da empresa.
Abrir esse conteúdo para os deficientes auditivos é democratizar a informação e ajudar a promover uma maior colaboração e entendimento, disse Walk sobre o projeto de inclusão.
Inicialmente a ferramenta será inserida apenas em vídeos em inglês, entretanto a expectativa é de que versões para outros idiomas sejam lançadas nos próximos meses.
Em novembro de 2009, o YouTube começou a realizar os primeiros testes da ferramenta junto a parceiros, como a Universidade da Califórnia, Universidade de Berkley, Universidade de Yale e National Geographic.
Solução - A tecnologia por trás do reconhecimento da fala tem mais de 50 anos, mas só agora está aprimorada o bastante para ser usada em larga escala, explicou Mike Cohen, engenheiro do Google. "Eu tenho trabalhado com essa tecnologia há 25 anos", completou o engenheiro.
Cohen disse que atuou no projeto resolvendo uma variedade de problemas que incluía variação de sotaque, barulho externo, variação de linguagem, pronúncia etc.
Recepção - A reação dos deficientes frente ao anúncio do sistema de legendas automáticas foi bastante positivo.
Estudantes de uma escola especializada, na Califórnia, produziram um vídeo para mostrar o quão é importante uma ferramenta como essa para eles. "Nos sentimos como parte do mundo. Nos sentíamos excluídos", disse Angel Harrington. "Agora podemos entender completamente o que está a nossa volta. É como se estivéssemos em um campo e todos fossemos iguais", completou a estudante.
Ben Hubbard, da Universidade de Berkeley, disse que essa ferramenta abrirá caminhos para que mais de 500 cursos on-line sejam oferecidos a deficientes auditivos.
Fonte: Veja
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